O número cada vez mais crescente de assaltos em Paragominas
está chamando a atenção da população que começa a se preocupar de fato e de
direito e, alguns setores da sociedade, já começam a se preparar para, quem
sabe, fazer uma manifestação pedindo mais segurança ao governo do estado.
O município, que já tem mais de cem mil habitantes tem um
número de policiais civis, por exemplo, aquém de suas necessidades. Os
delegados e policiais civis trabalham em sistema de rodízio e no período em que
ficam na cidade (a maioria mora em outros municípios) trabalham praticamente 24
horas por dia, sem trégua, já que as inúmeras ocorrências são cada vez mais frequentes.
Os assaltos cometidos pela dupla Wingley e Issamar, presos
nesta semana, acendeu a luz vermelha do alerta da segurança ou da falta dela.
Além de assaltar, Wingley ainda ameaçava de morte suas vítimas e chegou a
estuprar várias. No sábado passado, quando a esposa foi estuprada na frente do
esposo e de uma criança de apenas três anos de idade.
Pior que isso é que, enquanto o delegado Jivago Ferreira
ouvia em depoimento vítimas e acusados, mais assaltos eram cometidos no centro
da cidade, como o que aconteceu com duas mulheres que perderam suas bolsas com
documentos e celulares, na noite de terça-feira, por volta das 19 horas e 30
minutos. Além do mais, os casos de arrombamentos à residências e, muitas vezes,
a violência utilizada pelos meliantes, deixam famílias inteiras sem saber o que
fazer.
A Polícia Militar também tem trabalhado de forma exaustiva e
contido, de certa forma, o ímpeto de muitos bandidos, mas a estatística é
assustadora. Dias atrás, um empresário foi rendido dentro de sua própria casa
e, com sua família, ficou horas à mercê dos bandidos, que levaram muitos
objetos de valor.
Impotente, o empresário viu os assaltantes agirem, sem poder
fazer absolutamente nada. Até agora ninguém foi preso e não conseguiu recuperar
nada. Ou seja, assaltos desta natureza que todos os paragominenses só viam
pelas emissoras de tevê da capital, agora estão se tornando frequentes aqui.
Algo tem que ser feito, além das operações do final de
semana. Mas para isso é preciso apoio sistemático do poder público municipal e,
principalmente estadual, já que segurança é dever do Estado.
Blog do Odecy Guilherme
Jorge Quadros