A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instaurada pela Câmara Municipal de Santa Maria do Pará para apurar suposto desvio de recursos públicos por parte da prefeitura, ouviu ontem (3) o depoimento do secretário municipal de Saúde, Edilson Graciano.
A denúncia foi feita pelo vereador Jorge Luís (DEM) ao Ministério Público em dezembro passado e, em seguida, no plenário da Câmara. A comissão foi instaurada no dia 18 de fevereiro passado. Desde lá, cerca de 20 pessoas já foram ouvidas pela comissão.
O esquema, segundo o vereador, teria começado em 2005, abrangendo apenas a área de educação. A partir de 2008, de forma mais generalizada em outros órgãos, só tendo parado em junho de 2010. “Segundo o depoimento da funcionária Rosângela, do setor de recursos humanos da prefeitura ao qual tivemos acesso, foi feita uma reunião onde a prefeita Marifrança de Oliveira (PT) teria avisado aos funcionários que receberiam um valor a mais em seus salários e que depois teria que ser devolvido”.
Segundo o vereador, existiam pessoas que ganhavam R$ 700, mas que recebiam todos os meses valores que chegavam a R$ 20 mil. A diferença a mais era devolvida para a Rosângela, que integraria o suposto esquema de Marifrança, que concorria à reeleição em 2008. A prefeita deveria depor ontem na CPI, mas não foi encontrada para ser notificada e deve ser ouvida na terça-feira que vem. A fraude pode chegar a R$ 4 milhões.
Jorge Luís disse que no depoimento o secretário de Saúde colocou toda a culpa da fraude no setor de RH da prefeitura, informando que não sabia o motivo pelo qual somas eram depositadas nas contas dos servidores da prefeitura. O DIÁRIO tentou por toda a tarde de ontem ouvir a prefeita Marifrança de Oliveira. Várias ligações foram feitas para a sede da prefeitura mas ninguém atendeu. (Diário do Pará)
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