Apesar do avanço de novas mídias e da expansão do acesso à
internet, o rádio continua sendo um dos principais veículos de informação dos
brasileiros. Segundo a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão
(Abert),o rádio - que comemora hoje seu dia mundial - está presente em 88,1%
dos domicílios do país, perdendo apenas para a televisão, que tem penetração de
cerca de 97%.
O país tem aproximadamente 9,4 mil emissoras de rádio em
funcionamento, incluindo emissoras comerciais AM e FM e rádios comunitárias. O
número é mais que o dobro do registrado há dez anos, segundo dados do
Ministério das Comunicações. Nos estados de São Paulo e Minas Gerais estão
concentrados os maiores números de emissoras, com 1,4 mil e 1,3 mil,
respectivamente.
O número de aparelhos de rádio convencionais passa de 200
milhões no Brasil, além de 23,9 milhões de receptores em automóveis e do acesso
por aparelhos celulares, que somam cerca de 90 milhões. Isso sem falar no
acesso às emissoras pela internet, por meio de computadores e smartphones.
Aproximadamente 80% das emissoras do país já transmitem sua programação pela
rede mundial de computadores.
O presidente da Abert, Daniel Slaviero, destaca que o rádio
está se adaptando às novas tecnologias para disputar o mercado altamente
competitivo da informação e do entretenimento. “Acreditamos no futuro do rádio,
não como nossos pais e avós o conheceram, mas inovador, ágil, interativo e com
a mesma importância social, eficiência comunicativa e proximidade com as
comunidades e os ouvintes. Aos 90 anos, não há dúvida de que o rádio está em
plena reinvenção”, avalia.
Para o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o rádio faz
parte da cultura dos brasileiros e não perderá espaço porque está acompanhando
a evolução do setor. “Neste momento especial de transformações tecnológicas e
do aparecimento de outras mídias, o rádio segue firme no nosso dia a dia porque
também se transformou. Hoje é comum, corriqueiro, ouvirmos a transmissão da
programação também pela internet, direto das redações das emissoras”, diz. O
ministro garante que o governo trabalha para dar à radiodifusão a flexibilidade
e pujança necessárias para continuar a crescer.
Fonte: Agência Brasil
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