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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

São Miguel do Guamá decreta estado de emergência


Os municípios de São Miguel do Guamá e Moju, no nordeste do Pará, também tiveram o estado de emergência decretado devido à crise administrativa e financeira que os novos prefeitos herdaram das gestões anteriores. Com isso, já chega a 14 o número de municípios paraenses em situação de emergência.
A maioria dos novos administradores municipais alega urgência na contratação de serviços e produtos essenciais à prestação do serviço público e, por isso, usam o decreto para dispensar a obrigatoriedade de licitação, agilizando as contratações. Os Decretos 19/2013, do prefeito de São Miguel do Guamá, Francisco das Chagas Sá o Cacau do (PPS), e 01/2013, do prefeito de Moju, Deodoro Pantoja da Rocha (PSDB), foram publicados no Diário Oficial do Estado, ontem.
Francisco das Chagas decretou o estado de emergência administrativa e financeira pelo período de 90 dias. Segundo o decreto, o município de São Miguel do Guamá responde a várias ações de improbidade ajuizadas pelo Ministério Público do Estado, devido a irregularidades cometidas pela ex-prefeita Márcia Cavalcante (PSD), que chegou a ser cassada.
O novo prefeito afirma que a gestão anterior não repassou documentos e informações importantes ao conhecimento da realidade administrativa e contábil do município, incluindo processos licitatórios, ações e programas de governo. Francisco chegou a registrar ocorrência policial dando conta do desaparecimento de papéis administrativos e financeiros e também de computadores e de HDs nos quais constavam informações.
Cacau afirma, no decreto, a necessidade de tomar medidas urgentes para a continuidade dos serviços essenciais à população, como a prestação de serviços de saúde, limpeza, educação e infraestrutura básica. Ainda, o decreto suspende os pagamentos de empenho da gestão anterior, exceto o pagamento dos servidores públicos municipais, de encargos sociais e repasses, para que as contas sejam analisadas.
Em Moju, o prefeito Deodoro Rocha afirma que o ex-prefeito Iran Lima (PMDB) também não viabilizou a transição administrativa, que possibilitasse o acesso a informações administrativas do município. O estado de emergência foi decretado pelo prazo de 90 dias, pois a cidade está em "situação de calamidade pública", conforme afirma o decreto. A coleta de lixo foi suspensa porque faltam garis.
A rede hospitalar sofre com a falta de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, falta de equipamentos, de medicamentos, de material laboratorial e de limpeza, além da infraestrutura sucateada. Também faltam informações sobre os servidores municipais e computadores para formular a folha de pagamento. "Houve a destruição ou desaparecimento de bens públicos, documentos públicos, arquivos de informática, equipamentos de informática, etc", afirma o decreto.

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