
A advogada Leda Martha Lucyk dos Santos, de 40 anos, a filha
dela, Hanna Stela, de 10 anos, e a funcionária Taynara Siqueira foram
assassinadas a facadas, na tarde de sábado (22), em Itaituba. Leda era
procuradora do município localizado no sudoeste do Estado, a 1.626 quilômetros
de Belém. O triplo homicídio ocorreu dentro da loja da advogada, a Belíssima
Moda Íntima, localizada na travessa Victor Campos, no centro da cidade. O
ex-marido da vítima, o ex-sargento do Exército e também advogado Altair dos
Santos, é o principal suspeito do crime. Ele, que também é professor de Direito
em uma faculdade particular de Itaituba, alega inocência..
Os corpos foram descobertos pela família da funcionária, que
estavam sem notícias dela e foram à loja. Como o estabelecimento estava
fechado, foi necessário pedir ajuda ao Corpo de Bombeiros para entrar. "O
assassino pode ter cometido essa atrocidade e, em seguida, trancado a porta e
levado a chave", disse uma amiga de Taynara.
Os corpos foram encontrados em um quarto, localizado entre a
loja e a cozinha do prédio. Leda foi esfaqueada seis vezes, Hannah foi morta
com três facadas e Taynara foi golpeada ao menos nove vezes. Alguns móveis
estavam fora de lugar, o que indica que houve luta corporal entre o assassino e
as vítimas. O crime chocou a cidade.
A Polícia Militar enviou uma guarnição à loja e depois
chegaram homens da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros, para preservar o
local do crime, uma vez que muitos curiosos estavam na área. Pessoas próximas
ao ex-casal disseram à polícia que Altair dos Santos, de quem Leda dos Santos
estava separada "havia algum tempo", não aceitava a separação e
constantemente ameaçava a advogada de morte, tanto pessoalmente quanto por
telefone e mensagens de texto. Em algumas dessas ameaças, ele disse estar
disposto a matar a mulher e cometer suicídio.
Policiais da ronda ostensiva, acompanhados de agentes da
Polícia Civil, foram ao apartamento de Altair dos Santos, onde o advogado foi
preso. Ele negou ter cometido o crime. Enquanto isso, em frente à 19ª seccional
de polícia, vários advogados esperavam pelo suspeito. A primeira informação
dava conta de que Altair havia se entregado. "Porém, nós chegamos à
seccional e soubemos que, na verdade, ele foi apanhado pela polícia",
disse a presidente da subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de
Itaituba, advogada Cristina Bueno. Outros advogados foram ao local para
manifestar solidariedade às famílias das vítimas e, em poucos minutos, o clima
já era de tensão e revolta, o que forçou a polícia a mudar os planos e levar o
suspeito para o quartel do 15º Batalhão da Polícia Militar (BPM).
Blog do Odecy Guilherme
Fonte Portal ORM
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