
A Polícia Civil registrou, apenas no mês de junho, a
apreensão de mais de meia tonelada de drogas no Estado. O montante de
entorpecentes retirados de circulação é o maior contabilizado entre os meses do
ano de 2014. São drogas apreendidas como resultado de operações policiais
realizadas na capital, Região Metropolitana de Belém e interior do Pará. Do
início do ano até junho, cerca de 800 quilos de drogas foram apreendidos no
Estado. Os dados foram levantados, pela Delegacia-Geral da Polícia Civil, em
decorrência da Semana Nacional de Combate às Drogas. Durante o período, explica
o delegado João Bosco Rodrigues, diretor de Polícia do Interior, a Polícia
Civil está desenvolvendo ações de combate ao tráfico de drogas em diversas
regiões do Pará, como em Santarém, oeste paraense, e Marabá, sudeste do Estado,
nas quais foram realizadas grandes operações policiais de repressão ao crime.
Somente em Santarém, foi realizada uma das maiores apreensões
de drogas do ano, com mais de 200 quilos de maconha prensada
apreendidos. A droga foi encontrada escondida em um fundo falso dentro de
um caminhão de transporte de cargas, à altura do Km 140, da rodovia BR 163,
conhecida como Cuiabá-Santarém. O caminhoneiro Pedro Altair Lemes da Silva, 60
anos, catarinense de Campo Alegre (SC), que fazia o transporte da droga desde
Dourados, no Estado de Mato Grosso do Sul, com destino à Santarém, foi preso em
flagrante, na operação policial, denominada “Carga Pesada”, do Núcleo de Apoio
à Investigação (NAI), sob comando do delegado Silvio Birro.

Outra grande apreensão de drogas de junho ocorreu no último
dia 9, quando policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes
apreenderam mais de 60 quilos de drogas, entre haxixe (derivado da maconha) e
pasta de cocaína. A droga era transportada em um caminhão de transportadora
procedente de Goiânia. Foram presos Carlos Lourenço, 48 anos; Cláudia Miranda
Teixeira, 26; Carlos Souza Moura, 22, e Raameze dos Santos, 21.
O grupo foi preso na rodovia BR-316, na entrada de Belém.
Outras apreensões de grande porte foram realizadas no decorrer do ano. Em 28 de
maio, policiais civis da DRE apreenderam em Terra Alta, região nordeste do
Pará, 87 tabletes de óxi de cocaína com peso de 90 quilos.
O flagrante ocorreu enquanto parte das drogas era
transportada no interior de um carro conduzido por Max Antônio da Silva
Rodrigues, que foi preso. Outra parte das drogas foi encontrada em um sítio
no município. Em 1º de abril, durante revista em uma caminhonete, na
estrada da Alça Viária, em Moju, nordeste do Pará, foram apreendidos mais de 30
quilos de pedras de óxi de cocaína. A droga estava escondida em uma caminhonete
branca, placa NJG 9289, de Sinop (MT). O veículo foi revistado, por policiais
civis do GPE (Grupo de Pronto-Emprego), da Polícia Civil, na travessia da balsa
no rio Moju. Três pessoas que viajavam no carro foram presas em flagrante e
conduzidas para a sede da DRE, em Ananindeua.
Na manhã seguinte, uma equipe do grupo de Ações Táticas Com
Cães (ATAC), da Guarda Municipal de Belém, fez uma busca no veículo, com
auxílio de um cão farejador, e localizou mais um quilo da droga escondido
dentro da carroceria. Em Marabá, no último dia 26, a Superintendência
Regional de Polícia Civil do Sudeste do Pará deflagrou operação denominada
“Chronos”, que resultou em três presos e na apreensão de drogas, como “crack” e
pó de cocaína, além de material usado para preparo das drogas, como balança digital
e até duas máquinas do tipo P.O.S. usadas para leitura de cartões de crédito e
de débito bancário, como forma de pagamento pela compra dos
entorpecentes.

DRE
Entre as unidades da Polícia Civil, a DRE registrou, só
em junho, mais de 200 quilos de drogas diversas retiradas de circulação e que
seriam usadas para abastecer pontos de tráfico na capital e em cidades do
interior.
As ações policiais são resultados de intensas investigações,
detalha o delegado Hennison Jacob, diretor da Delegacia. Do total de apreensões
de drogas registradas pela DRE, 50% delas resultou de denúncias anônimas feitas
ao Disque-Denúncia, fone 181. “Isso indica que a população deve continuar
acreditando no serviço”, ressalta o delegado.
CAVEIRAS
O titular da DRE destaca um detalhe novo registrado,
por duas vezes, no último mês, durante as apreensões de cocaína.
Marcas em formato de caveiras, nas cores preta e vermelha,
foram encontradas nas embalagens das drogas.
Jacob conta que ainda não há um consenso sobre o significado
dessas caveiras.
Experiente no combate ao tráfico de drogas, o delegado
acredita que a marca pode ser uma espécie de rótulo usado para identificar
consórcios ou cartéis do tráfico de drogas, uma forma de identificar as drogas
apreendidas e até uma maneira de o fornecedor da droga ter certeza de que
aquele entorpecente foi apreendido pela Polícia e que não foi desviada durante
o transporte do produto até o destinatário.
Para o policial civil, a origem dessas marcas seria,
provavelmente, de países de fronteira com o Brasil, como a Colômbia,
tradicionais produtores de cocaína e derivados.

OPERAÇÕES INTEGRADAS
A Polícia Civil, em parceria com todos
os órgãos do Sistema Integrado de Segurança Pública do Pará, tem promovido
operações de grande porte no interior do Pará, para quebrar o tráfico de drogas
na origem, ou seja, diretamente nos grandes centros de produção de drogas no
Estado, principalmente da maconha. Em março deste ano, durante a operação
denominada “Coivara”, foram destruídos 100 mil pés da erva, que eram cultivados
em regiões de mata, de difícil acesso, em zonas rurais de cidades na região
nordeste do Pará.
A ação policial foi realizada de 17 a 24 de março. O
trabalho foi coordenado pela Delegacia-Geral, por meio da Diretoria de Polícia
do Interior (DPI) e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), e contou
com total apoio do GRAESP (Grupamento Aéreo de Segurança Pública); do Centro de
Perícias Científicas Renato Chaves e da 3ª Sessão de Estado Maior do Corpo de
Bombeiros Militar do Pará. Estiveram em atuação 30 policiais civis da Divisão
de Repressão ao Crime Organizado e das Superintendências Regionais da Zona do
Salgado e da Zona Bragantina. A operação atingiu áreas dos municípios de
Nova Esperança do Piriá, Cachoeira do Piriá, Viseu e Garrafão do Norte.
Os mais de 100 mil pés estavam em plantações descobertas em
terrenos situados em áreas de reserva indígena ou em áreas devolutas. Conforme
o delegado João Bosco, titular da DPI, a produção de maconha na região é usada
para abastecer pontos de tráfico de drogas em cidades dos Estados do Maranhão e
de Tocantins. Para realizar a operação, a presença de uma equipe do GRAESP, com
uso de um helicóptero, foi fundamental para localizar as áreas de cultivo,
situadas em meio à mata com acesso difícil por terra, mas que podem ser
localizadas durante um sobrevoo, pois deixam grandes clareiras.
Blog do Odecy Guilherme
Com informações da Polícia Civil do ´Pará
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