Pais, alunos e professores de uma escola pública localizada
na zona rural de Vila de Nazaré do Fugido, em Magalhães Barata, no nordeste do
Pará, denunciam as más condições de conservação em que se encontra o prédio:
mato por toda parte, salas de aula deterioradas, o teto ameçada desabar e o
lixo toma conta do local. Mas, em nota, a Secretaria de Educação (Seduc)
informou que iniciou em janeiro um levantamento das condições de estrutura
física das escolas da rede estadual de ensino tanto da capital quanto no
interior.
A Seduc também disse que organizou um mutirão dos técnicos de
logística escolar da Secretaria para fazer uma revisão de contratos e processos
licitatórios visando contornar situações como as de obras paralisadas.
Para evitar acidentes, os moradores derrubaram o que restava
do muro. Por causa do estado de abandono da escola estadual professor Manoel
Monteiro, os moradores se mobilizaram para pedir melhorias.
"Nós pagamos impostos e o Estado tem obrigação de
ressarcir dando uma escola digna para os alunos, e não essa calamidade",
reclamou José Correa, pai de um dos alunos.
Segundo os moradores, a última reforma da escola foi feita em
1996. Já em 2012, um laudo feito pelo Corpo de Bombeiros pediu a interdição da
escola. De acordo com o documento, a estrutura física do prédio estava
seriamente comprometida e a instalação elétrica exposta colocava em risco a
vida dos estudantes. Além disso, o local não teria saída de emergência nem
equipamento de combate a incêndios.
Por causa do prédio, sem condições de uso, os estudantes
tiveram que ser remanejados para o salão paroquial da igreja. Ano passado, a
Seduc decidiu que eles deveriam ir para tendas improvisadas que ficam atrás da
igreja. O espaço, de 10 metros quadrados, comporta 30 alunos. E uma das
professoras diz que é difícil dar aulas nestas condições.
"Essas tendas, por serem muito baixas, quando não está
funcionando o ar condicionado, a sala esquenta muito e nós temos que liberar os
alunos porque os professores não aguentam trabalhar porque fica muito
quente", reclama a professora Diane Francisca.
Fonte G 1 Pará
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