

Na manhã desta sexta feira dia 1º, a operação Fundo do Poço,
deflagrada pelo Núcleo de Combate à Improbidade Administrativa e à Corrupção
(NCIC), prendeu o deputado estadual Raimundo Belo (Pros), por posse de arma de
fogo sem registro. Belo, que é aliado do governador Simão Jatene, pagou fiança
e foi liberado em seguida.
A prisão do deputado fez parte de uma operação que teve o
apoio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e de
policiais do Gabinete Militar do Ministério Público (MP).
O alvo principal da operação era a esposa do deputado, a
prefeita de Capitão Poço, Diana Belo. Ela é suspeita de crimes de
responsabilidade por fraudes, envolvendo processos licitatórios de obras que
tiveram seus recursos sacados, mas não foram concluídas. Durante a ação, a
polícia apreendeu documentos, HDs, R$ 23 mil e US$ 3 mil em espécie. Se
condenada judicialmente, Diana Belo pode ser presa.
A OPERAÇÃO
A quantia de R$ 23 mil foi apreendida na casa da tesoureira
Maria Dinelma Almeida Moura. Já na casa da prefeita, foram encontrados US$ 3
mil, em espécie. Segundo Diana Belo, o dinheiro pertence a seu marido, o
deputado Belo. Por sua vez, o parlamentar disse ter como comprovar a
procedência dos dólares.
O procurador de Justiça Nelson Medrado, coordenador do Núcleo
de Combate à Improbidade Administrativa e à Corrupção e participante da
operação, garantiu que vai comunicar o fato, oficialmente, à Assembleia
Legislativa do Pará.
De acordo com Medrado, foram apreendidos documentos ligados a
processos licitatórios dos anos de 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015.
Ele não soube precisar quantos processos são, mas adiantou
que os mesmos se referem a reformas em escolas, pavimentação de bairros entre
outras obras.
A operação alcançou, ainda, a empresa D. Informática e
Papelaria, de propriedade da prefeita Diana Belo, e as residências do
secretário municipal de Administração, Manoel Antônio de Jesus Cunha, do
presidente da Comissão de Licitação, Osias Freitas Barroso, e da ex-secretária
de Educação, Maria José Bento da Rocha.
(Carolina Menezes/Diário do Pará)
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