Policias suspeitos de extorsão e abuso são presos em Mãe do Rio

O policial civil Edcarlos de Jesus Ferreira e o sargento da Polícia Militar Edinei Leal da Silva, ambos lotados em Mãe do Rio, no nordeste paraense, foram presos na última segunda-feira da 4, e já estão recolhidos no presídio Coronel Anastácio das Neves, no Complexo Penitenciário de Americano, em Santa Izabel do Pará. As informações são da Agência Pará.

A dupla é suspeita dos crimes de sequestro com cárcere privado, extorsão e abuso de autoridade. A prisão foi decretada pelo juiz Cristiano Magalhães Gomes, da Vara Única de Mãe do Rio, após recebimento da denúncia feita pelo Ministério Público.

O delegado Melquesedeque da Silva Ribeiro e a sobrinha do sargento Janaina Barbosa de Souza, que estão foragidos, também tiveram os mandados de prisão decretados por envolvimento nos crimes.

CASO

Segundo a denúncia, a sobrinha do sargento teve um celular furtado e comunicou o fato ao tio. O policial militar deteve um suspeito do crime, onde chegou a haver uma negociação entre os policiais e os familiares do suspeito, sendo a avó do rapaz induzido a ir até uma loja na cidade para comprar um aparelho de celular, no valor de R$ 1,6 mil para a sobrinha do militar.

Ainda segundo denúncia do Ministério Público, os policias teriam exigido mais R$ 3 mil para liberar o suspeito. A denúncia afirma ainda, que os familiares do rapaz chegaram a deixar uma moto como garantia até conseguiram levantar a quantia exigida para que ele fosse liberado.

Após levantamento, a Justiça teve acesso à imagens da loja, onde o sargento aparece ao lado da avó e de uma tia do rapaz, para comprar o celular. O levantamento mostrou ainda, que o suspeito não esteve no local no momento em que o celular foi furtado.

Segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), os crimes mais comuns praticados por policiais são concussão, ameaça e invasão domiciliar.

Já na esfera administrativa, os crimes mais incidentes são o mau atendimento, as transgressões disciplinares e a falta de cumprimento dos prazos legais.

(Com informações da Agência Pará)