Três brasileiras que estavam desaparecidas desde janeiro
deste ano foram encontradas mortas, na sexta-feira (26), dentro de um poço
próximo de um aeroporto em Tires, em Cascais, Portugal. As vítimas são as irmãs
mineiras Michele Santana Ferreira, de 28 anos, que estava grávida, Lidiana
Neves Santana, 16 anos e uma amiga delas, a capixaba Thayane Milla
Mendes, de 21 anos.
As informações foram divulgadas pelo jornal “i”, de
Portugal. Os corpos estavam num hotel para cães e gatos, onde o namorado de
Michele e principal acusado do crime trabalhava.
A mãe das irmãs mineiras, a auxiliar de serviços gerais
Solange Santana Leite, 50 anos, confirmou ao “EXTRA”, na sexta-feira, que
recebeu a notícia da morte das filhas por uma amiga que mora em Portugal.
“Elas, infelizmente, foram encontradas mortas. Minha amiga
que está em Portugal me ligou para avisar, mas a polícia ainda não entrou em
contato comigo”, lamentou a mãe.
“Como você acha que uma mãe estaria ao saber que duas filhas
e um neto estão mortos? Estou em choque. É muito difícil”, completou Solange.
Solange disse que não tem como sair do Brasil para ir em
busca do corpo das filhas na Europa, e que vai contar com a ajuda de sua amiga
para resolver as questões burocráticas.
Segundo a moradora de Campanário, na região do Rio Doce, em
Minas Gerais, a filha mais velha, que estava grávida de 3 meses, morava em
Lisboa, em Portugal, há 9 anos, na companhia de um outro brasileiro com quem
mantinha um relacionamento.
No fim do ano passado, Michele convidou a irmã mais nova para
morar com ela. A adolescente aceitou o convite. Pouco tempo depois, em janeiro,
a capixaba amiga delas também viajou para Portugal, mas foi quando a agonia de
Solange começou, já que desde a chegada de Thayane a Lisboa, ela perdeu contato
com as jovens.
De acordo com Solange, na esperança de ter alguma informação
sobre as jovens, ela entrou em contato com o companheiro da filha mais velha,
conforme contou em entrevista ao “EXTRA” em maio deste ano.
“Ele disse que elas estavam bem e que iriam para Londres. Ele
disse que Michele tinha largado o emprego e saído do Facebook para não ser
encontrada pela ex-patroa. Mas eu desconfio dessa história”, contou Solange.
A filha mais velha trabalhava como faxineira no país europeu.
Segundo a mãe das mineiras, o companheiro da filha, poucos
dias depois do desaparecimento das mulheres voltou para Novo Cruzeiro, no Vale
do Jequitinhonha, onde tem um filho com outra mulher.
“Só ele sabe o que aconteceu com minhas filhas. Ele já foi
ouvido pela polícia (brasileira), mas não sei o que ele pode ter contado”,
contou Solange.
Solange comentou ainda que uma amiga chegou a dizer que o
rapaz com quem sua filha vivia costumava ser agressivo com a moça.
O Itamaraty informou em maio, que acompanhava o caso desde
fevereiro. Segundo as informações obtidas pelo órgão, as jovens teriam planos
de ir para Londres, mas não foi identificado nenhum registro da saída delas de
Portugal, ou de entrada no Reino Unido.
O nome das mulheres chegou a ser incluído no sistema de
alerta da imigração da polícia inglesa e da Interpol.
(Com informações do Extra)
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