Em Castanhal, no nordeste do estado, um jovem de 22 anos
morreu após atropelar um animal na PA-136 que liga o município à Inhangapí.
Animais abandonados trafegam pela cidade e pelas pistas que ligam a cidade a
outros municípios da região, causando risco de atropelamento e graves
acidentes.
O jovem João Vitor morreu depois de atropelar de moto uma
égua que estava na pista à noite, quando é mais difícil de ver os animais. Na
rodovia, as carcaças de animais mortos são resultados de atropelamentos.
O pai da vítima, Massimo Boni, denunciou o caso na Polícia
Civil e no Ministério Público. “Todo mundo sabe que tem uma lei que prevê que
os animais fiquem amarrados. Para nós o importante é que nunca mais aconteçam
estas coisas já que não foi o primeiro fato que aconteceu naquela rua”, disse.
Os bichos ficam soltos nos terrenos baldios e invadem as ruas
e rodovias em busca de alimentos. Os animais de grande porte circulam entre
carros e motos e os motoristas precisam ficar atentos para evitar acidentes.
“A gente vê que tem acontecido bastante acidente na estrada
com esses animais soltos. A gente sabe que acontece essas coisas e procura
andar devagar, com atenção”, contou o autônomo João Lameira.
Um vídeo feito por celular (veja acima) mostra animais passeando
em frente ao Hospital Municipal de Castanhal e cruzam uma movimentada avenida
tranquilamente. Deixar cavalos ou gados pastando nas margens de rodovias e ruas
do perímetro urbano de Castanhal é uma prática comum para alguns criadores do
município, mas isso é feito sem nenhum controle, nenhum tratador ou vaqueiro
fica com os animais e por isso o risco de acidentes é maior.
O centro de zoonoses, que deveria fiscalizar e retirar os
animais da rua está abandonado e a estrutura do prédio está danificada. Não há
nenhum animal apreendido no local. A promotora Ana Maria Magalhães afirmou que
vai intervir no caso. “As pessoas tem que ter nação de que esse animal de
grande porte no meio da via pública pode causar a morte de um ser humano. Eu
vou convidar o município a reunir na promotoria para pensar uma atuação
conjunta para resolver o problema", explicou.
Blog do Odecy Guilherme
Fonte G1 Pará
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